Cronologia Sintrense de 1701 a 1800

Cronologia Sintrense de 1701 a 1800

 Descubra aqui as datas que fizeram a história de Sintra entre os anos de 1701 a 1800
 
Séc. 18 (meados) – D. Diogo José Vito de Meneses de Noronha Coutinho (1739-1803), estribeiro-mor da Rainha D. Maria I, 5.º marquês de Marialva (e 7º conde de Cantanhede) manda erigir no bairro de São Pedro de Penaferrim a sua casa de vilegiatura, a actual Quinta do Espingardeiro.
Séc.18, meados – foi executado o revestimento de estuque do tecto do Paço atribuível à oficina de João Grossi – activo em Portugal entre 1748 e 1781
Séc. 18, 1ª metade – D. João V designa o paço de Sintra como “formoso palácio dos reis antigos” e ordena obras de conservação a cargo de Custódio Vieira (restauro do teco da Sala dos Cisnes) e Manuel do Couto (restauro do tecto da Sala das Pegas).
Séc. 18 – Revestimento azulejar do Convento dos Capuchos; D. João V concede ao convento uma pipa de azeite por ano.
Séc. 18 – Feitura do retábulo-mor da Penha Longa, segundo desenho de João Nunes Tinoco, embora, segundo algumas opiniões seja de João Antunes (SERRÃO, 2003).
Séc. 18 – Feitura do retábulo-mor da Peninha, segundo desenho de João Nunes Tinoco ou provavelmente por João Antunes.
Séc. 18 – Construção da fonte da Mata Alva.
Séc. 18 – Reconstrução da fonte dos Pisões, constituída por 2 bicas sobrepostas que serviam tanque rectangular, à semelhança da fonte do Convento da Trindade.
Séc. 18 – Execução do retábulo-mor, da autoria de António Martins Calheiros; pintura do painel de Nossa Senhora do Carmo por António Pereira Rovasco.
1703 – Nomeação do pedreiro Manuel Luís para mestre das obras dos canos do Paço.
1706 – A capela lateral do Convento do Carmo, do lado do Evangelho, até então de invocação de Santa Ana, passa a ser da invocação de Cristo, sendo na imagem mudada para o retábulo-mor.
1709 – Luís Garcia Bivar compra a Quinta do Ramalhão e inicia obras na casa.
1711 – Data inscrita no portal principal da Igreja de Santa Maria.
1711 – Datação dos azulejos revestindo a igreja da Peninha da autoria de António de Oliveira Bernardes; pintura da abóbada e colocação de silhar da autoria de PMP:
1712 – O Padre Carvalho da Costa refere a existência da Misericórdia com sete capelães e hospital.
1712 / 1740 – O filho de Luís Bivar alarga o domínio do Ramalhão comprando terras em redor.
1715 – (Regaleira) a quinta é comprada por Francisco Alberto Guimarães de Castro, passando a ser conhecida mais tarde por Quinta da Torre, possivelmente devido à existência de uma torre, conhecida como Torre do Pombal; é obtida a autorização para canalizar as águas da serra, a fim de alimentar uma fonte ornada de embrechados.
1718 – Instituição de um vínculo, onde se integrava a propriedade de Monserrate, por D. Caetano de Mello e Castro, Comendador de Cristo e 36º Vice-Rei da Índia, casado com D. Mariana Faro, filha dos segundos Condes da Ilha do Príncipe; a partir de então, a família Mello e Castro, a residir em Goa, administrava Monserrate por meio de procuradores, os quais escolhiam os rendeiros ou caseiros locais para proceder à exploração agrícola.
1720 – Frei Pedro da Conceição, ermitão do Convento da Peninha, refere sumptuosas festas de 10 a 12 de Setembro, em honra de Nossa Senhora da Piedade, organizando-se corridas de touros e fogo-de-artifício.
1721 – D. Jaime, 3º duque de Cadaval manda reedificar e redecorar a capela da Piedade, revestindo o seu interior de azulejos, atribuídos a António de Oliveira Bernardes, senda a capela integrada na quinta.
1723, 12 Agosto – data da sepultura de D. António Saldanha de Albuquerque Castro Ribafria, fidalgo cavaleiro e Governador de Angola na Quinta da Penha Verde.
1726, 18 de Setembro – morre o ermitão, Pedro da Conceição, sendo sepultado na nave da capelada Peninha, sucede-lhe o ermitão João Francisco.
1727 – Um tratado de medicina faz-lhe alusão, dadas as propriedades das águas da Fonte da Sabuga.
1727 – Pedro de Saldanha Castro Ribafria vende o seu Palácio (de Sintra) a Paulo de Carvalho de Ataíde, arcipreste da Igreja Patriarcal, que mais tarde o legou a seu sobrinho Sebastião José de Carvalho e Melo, conde de Oeiras e Marquês do Pombal, que manda fazer obras de modernização, introduzindo novos elementos sobretudo no exterior.
1727 / 1730 – D. João V visita o convento da Penha Longa, pela 2ª vez acompanhado pela princesa D. Mariana Vitória; a suas expensas reconstroem-se várias estruturas de fresco e lazer.
1728 – Frei António da Piedade descreve o convento dos Capuchos como “entre matos densos, penedos altos, e silvestres árvores, que neste seu retiro produz a Serra mais copiosa”.
1734 – É mestre de obras no Paço Custódio Vieira.
1738 – Melhoramentos na fonte de S. Eufémia e provável reconstrução da sala dos banhos a expensas do capitão Francisco Lopes de Azevedo.
1743 – Construção do encanamento de água do Convento do Carmo, cuja obra foi delineada pelo frade José dos Santos.
1743, 30 Setembro – Mosteiro da Pena- um raio destruiu parcialmente a torre, a capela (danificou guarnições de pedra, derrubou partes da abóbada e incendiou madeiramentos, o órgão e as grades do coro), a sacristia e algumas alas do edifício.
1744 – Luís Garcia Bivar pede autorização ao Rei para fazer aqueduto do Ramalhão.
1744 – Construção do Aqueduto do Ramalhão.
1748 – Conclusão das obras de ampliação do Palácio do Ramalhão que lhe deram feição longitudinal.
1748 – Viviam 40 monges no mosteiro da Pena.
Séc. 18, segunda metade – a quinta dos Pisoes era propriedade dos Duques de Aveiro; no seguimento do processo dos Távoras, a propriedade é confiscada e emprazada a Manuel Caetano de Sousa Prego.
1754, 08 Agosto – é nomeado carpinteiro do Paço Francisco da Costa, com o ordenado de 400$00.
1755,Manhã de 1 De Novembro de 1755 – Grande terramoto destrói grande parte de Sintra deixando muitos edifícios em ruinas tornando-os inabitáveis.
1755 – Grandes danos causados pelo terramoto no Mosteiro da Penha Longa e posterior reparação.
1755 – O terramoto causou bastantes danos na Sala dos Cisnes no Paço, reconstruída à “antiga” por iniciativa do Marquês de Pombal, e derrubou a torre militar que se elevava sobre a Sala dos Árabes causando alguns estragos; restauros a cargo de Carlos Mardel com colocação de merlões e edificação dos corpos que vão do Jardim da Preta ao pátio dos Tanquinhos e Sala dos Archeiros, que une as alas joanina e manuelina cobrindo uma escada espiral.
1755, 1 Novembro – profunda ruína no Mosteiro da Pena com o terramoto, restando apenas alguns quartos suportados por um pórtico e ficando os monges reduzidos a 5.
1755- É destruído o Palácio Carancas, que servia de fortaleza ao Castelo dos Mouros, e que terá sido edificado no local onde foi construída a casa Italiana.
1755 – Terramoto afecta bastante a capela e destrói parcialmente o Castelo.
1755 – Reedificação do convento da Trindade, na sequência de danos causados pelo terramoto.
1755 – O terramoto fez ruir a igreja de São Miguel, e o culto desta paróquia foi para transferido para a Capela de São Lázaro.
1755 – O terramoto causou-lhe grandes danos à Igreja de Santa Maria.
1755 -A igreja de São Miguel deixa de ser sede da paróquia.
1755 – O terramoto causa danos significativos em toda a freguesia de São Martinho, não escapando o Hospital à destruição, o que levou à posterior reconstrução.
1755, 1 Novembro – parte da quinta da Capela é destruída pelo terramoto; nesta época, o duque também organiza grandes festas em honra de N.S. da Piedade.
1755 – O terramoto causa significativos danos na igreja da Misericórdia, procedendo-se à sua reparação, havendo notícia de pagamentos efectuados pela remoção de entulhos do interior.
1755 – O terramoto causa significativos danos na freguesia de São Martinho e concretamente na igreja paroquial, na qual se verifica a derrocada da cobertura.
1755 / 1784 -Monserrate – era rendeiro Francisco Gomes da Costa, que pagava a renda anual de 350$00; provável restauro da casa, conforme projecto de Inácio de Oliveira Bernardes.
1755 / 1786 – Foi 2º administrador do vínculo de Monserrate D. Francisco de Mello e Castro, filho segundo do instituidor do vínculo.
Séc. 18, 2ª metade -A Torre do Relógio na Vila actual foi construída por Mateus Fernandes de Freitas por iniciativa do Marquês de Pombal, após o terramoto de 1755, que provocou a derrocada da anterior a partir do piso onde se encontra a maquinaria do relógio.
1756 – Igreja da Misericórdia – Pedido ao Cardeal patriarca para ser construída uma “barraca com altar” para serem colocadas as imagens que se tinham salvo do terramoto.
1757 / 1760 – Reconstrução da igreja de Santa Maria a expensas do prior Sebastião Nunes Borges e dos beneficiados: renovação da fachada principal, acrescentando-se o remate decorado com volutas, substituição da antiga rosácea por uma janela, substituição das frestas das fachadas laterais por janelões, entaipamento parcial do portal da fachada Sul e total da fachada Norte., rebocando-se o interior, que recebeu novos retábulos de talha dourada.
1757, 27 Março – arrematação da obra de pedreiro e carpinteiro ao mestre Gregório Rodrigues de Moura na Igreja da Misericórdia.
1757, 17 Abril – foi encarregado de fazer o lajedo da sacristia o ladrilhador António Manuel na Igreja da Misericórdia. Em 19 Junho as obras na capela-mor e sacristia foram concluídas e colocadas as imagens da Virgem, do Senhor dos Paços e do Santo Cristo.
1757 – Reforma da fachada da igreja Paroquial de Santa Maria de Sintra. Reabilitação da Fonte da Sabuga.
1757 – Fonte da Sabuga – Data inscrita na lápide que encima o frontão do espaldar, aludindo à reconstrução pombalina da fonte na sequência dos danos sofridos com o terramoto de 1755.
1758, 18 Abril – nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Francisco Antunes Monteiro, é referido que a povoação, com 104 vizinhos, é da Casa da Rainha; tem juiz de fora, nomeado pela Rainha.
1758 – O relatório feito pelo pároco, dando cumprimento a uma directiva do Marquês de Pombal, refere a destruição causada na igreja de São Martinho.
1758 – Penha Longa- O cónego Gaspar Leitão de Figueiredo, falecido em Maio, não pôde ser enterrado na igreja por esta ainda se encontrar entulhada em consequência do terramoto, tendo sido sepultado no cemitério da comunidade no Claustro.
1758 – A antiga ermida de Santo Amaro ainda existia, integrada na cerca conventual da Trindade, segundo o Visconde de Juromenha, existiam ainda na cerca do convento as capelas de Santa Margarida, São Zacarias e Santa Isabel e de Nossa Senhora da Conceição.
1758 – A igreja Paroquial de S. Miguel é referida como sendo de uma só nave, com tecto de madeira e capela-mor abobadada, na resposta do pároco ao questionário efectuado pelo Marquês de Pombal, a fim de se averiguar os danos do terramoto.
1758 – O pároco da freguesia de São Pedro, António de Souza Seixas, em resposta ao questionário efectuado pelo marquês de Pombal a fim de se averiguar a dimensão dos danos do terramoto, refere a igreja de São Pedro de Canaferrim (que designa “ermida”), menciona a existência na capela-mor de “hum vestígio de São Pedro pintado, a sobrevivência da abóbada da capela-mor, enquanto a nave se encontrava já sem cobertura, refere ainda o prior, a existência de uma imagem de São Pedro em pedra que se guardava então na capela de Santa Eufémia”, note-se que também o pároco da freguesia de Santa Maria, Padre Francisco Antunes Monteiro, em resposta ao mesmo questionário, e considerando fazer o Castelo dos Mouros parte da freguesia, refere a igreja de São Pedro e fornece idênticas informações.
1760 – Quando Guiseppe Baretti visita o Paço diz que apenas subsistiam as Salas dos Cisnes, das Pegas e dos Brasões e que D. José o mandara reconstruir ao gosto mourisco.
1760 – Por ordem de D. José I, o culto que deveria ser feito na Igreja Paroquial de São Martinho passa a ser feito na igreja da Misericórdia, pois a Paroquial estava arruinada; notícia de pagamento ao pintor Joaquim José da Rocha para a pintura do intradorso do arco triunfal e da abóbada da capela-mor.
1760 – Tendo em consideração as deficientes condições em que se celebravam os ofícios divinos em casas pertencentes ao Marquês de Pombal, antigo Paço de Ribafria, devido à parcial ruína da igreja, o Rei D. José ordena que os mesmos sejam celebrados na capela da Misericórdia já reparada.
1761 – A Igreja de Santa Maria Já estava reedificada e melhorada.
1761 / 1762 – o pintor Joaquim José da Rocha pinta o tecto da nave e da sacristia da Igreja da Misericórdia, assim como do banco da irmandade, da cúpula do púlpito e executa repintes no retábulo-mor e no painel do Senhor dos Passos.
1762 – Daniel Gildemeester, natural de Utrecht, cônsul da Holanda em Portugal, residente nas Janelas Verdes, em Lisboa, numa das casas alugadas ao Marquês de Pombal, passa o Verão em Sintra, em casa próxima da Igreja de São Martinho, também alugada ao Marquês de Pombal pela renda anual de 2000$000.
1762 – Conclusão das obras de reconstrução da Igreja da Misericórdia de Sintra.
1764 – Estabelecido contrato com o mestre-de-obras Mateus Fernandes de Freitas, para que se procedessem a obras de reconstrução da igreja de São Martinho, mas, por motivos desconhecidos, a obra não decorre como previsto, pelo que é solicitado o parecer de outros mestres, como o arquitecto Mateus Vicente de Oliveira, sendo que o primeiro assina um termo de desistência da empreitada.
1764 – Início da actividade do Hotel Lawrence´s, sendo seus proprietários a família inglesa Lawrence Oram, que lhe deram o nome.
1764 – Obras no Ramalhão devido aos efeitos do terramoto de 1755,
1766 – Peninha- Morre o ermitão João Francisco, sucedendo-lhe Sebastião Nabo.
1767 – Pagamento de 17 620 réis a Domingos Gonçalves da Cruz pela realização de um frontal, segundo encomenda do Padre Bernardo José da Costa Leal na Igreja da Misericórdia.
1768 – A Capela do Castelo é descrita por Francisco de Almeida Jordão como tendo a nave descoberta, “a porta principal fica a poente, e da banda do Sul tem outra porta pequena, e uma janella fronteira (…) Alem da imagem pintada no altar-mor, havia outra de pedra que, ainda existe na ermida de Santa Eufémia, para onde a levaram.
1768 – A Quinta do Ramalhão é vendida, em hasta pública, a Maria da Encarnação Correia.
1771 – Ramalhão – Maria da Encarnação Correia manda colocar quadro azulejos no exterior da capela com Nossa Senhora Conceição e São Brás.
1772 – O farol do Cabo da Roca entra em funcionamento, sendo o terceiro mais antigo da nossa costa.
1773 – Obras de reconstrução e valorização da quinta da Capela.
1773 – Ainda decorrem obras de reconstrução na igreja de São Martinho.
1773 – Final- Conclusão das obras de (re) construção da igreja paroquial de São Martinho.
1773 – Data inscrita no sino voltado a Este da Torre do Relógio na Vila.
779, 19 de Abril – o padre Pedro Rodrigues Pereira é nomeado capelão do santuário da Peninha; a capela e a quinta estavam a ser administradas abusivamente por Francisco Xavier Stokler, como dá conta o Beneficiado da Igreja de São Martinho o padre Francisco de Albuquerque.
1780 – Construção do Chafariz de El-Rei, junto à quinta da Penha Verde.
1780 (cerca de) – construção em Monserrate, propriedade de Devisme, do neogótico palacete projectado por Elsden.
1780 / 1786 – Construção da casa da quinta de São Sebastião, datando desses anos a decoração pictórica de alguns compartimentos, atribuível ao pintor francês Jean Pillement (1728-1808).
1783 – Gildemeester constitui a Quinta da Alegria, no fim do Campo de Seteais (também conhecido por Campo do Alardo) em terrenos de “ginjas e serrados” cedidos pelo Marquês de Pombal e pelo Contador do Reino, Luís José de Brito; manda edificar uma casa de habitação e dependências de apoio e cocheiras, localizadas respectivamente nas alas direita e esquerda do actual palácio; manda demolir parte de um morro de granito existente a Sul do Campo de Seteais e dois antigos redutos que também aí existiam, cuja pedra utilizou na construção do palácio; manda edificar a “casa da manteiga” mandando vir da Holanda uma família para a produzir; manda conduzir água da serra, plantar árvores e pomares, construir grutas, mirantes, um pequeno jardim a Oeste com lago central, alinhar e regularizar o Campo de Seteais, onde manda construir duas ruas paralelas e uma transversal; o Campo de Seteais encontrava-se separado da estrada por gradeamento de ferro com três portões e dois pavilhões abertos com passagem para a quinta, nos extremos.
1783, Set. e Out. – Fonte da Sabuga – Provisões de D. Maria atribuindo a competência dos sobejos da água da fonte à Câmara Municipal de Sintra, sem prejuízo do público e do Paço Real, referindo-se ainda a proibição ao Almoxarife de efectuar alterações na fonte.
1784 / 1787 – D. Maria I permanece frequentemente em Sintra com a Corte e uma orquestra de capela e manda executar várias obras, encomendando azulejos de “esfera armilar” para colmatar possíveis faltas.
1787 – Conclusão das obras de construção do palacete da Quinta de São Sebastião.
1787 – O convento dos Capuchos era ainda habitado pela comunidade religiosa.
1787 – William Beckford estadia em Sintra, primeiro na casa do marquês de Marialva e, depois, na Quinta do Ramalhão.
1787 / 1788 – Obras de remodelação da fonte da Pipa por iniciativa de D. Maria I
1787, 25 Julho – inauguração do Palácio de Seteais, cuja construção custara cerca de 240:000$000, por ocasião do aniversário de Gildemeester, sendo William Beckford convidado especial.
1787 – O marquês de Marialva recebe na sua propriedade a Quinta do Espingardeiro o viajante inglês William Beckford.
1787 – Conclusão das obras de construção do palacete da Quinta de São Sebastião.
1788 – A Quinta do Ramalhão é cedida a William Beckford que redecora o palácio e mobilou salas.
1790 – Monserrate- por meio do procurador e conselheiro familiar Jacinto Fernandes Bandeira, 1º barão de Porto Covo da Bandeira, a 3ª administradora do vínculo, D. Francisca Xavier Mariana de Faro Mello e Castro, decide “arrendar utilmente a quinta” e “promover a sua conservação e aumento”; Em 14 Janeiro – escritura de arrendamento da quinta a Gerard DeVisme (1726 – 1798), sócio da empresa Purry & Mellish que possuía o monopólio da importação do pau-Brasil; na escritura referia-se que DeVisme pretendia arrendar a quinta por largo tempo, por ser um sítio muito remoto, “o mais semelhante aos ares da sua pátria” e por isso o mais conveniente para a sua saúde e para descansar das fadigas do seu comércio; mas também pretendia restabelecer a quinta, “aumentando os seus pomares e dando-lhes o benefício de que careciam, reedificando a seu arbítrio as casas”; até então a quinta era aberta, ou seja, não possuía vedação; o prazo estipulado era de nove anos, a contar de 1 de Julho de 1789 até 30 de Junho de 1798, e o preço era de quatrocentos mil réis em dinheiro corrente no fim de cada semestre à razão de duzentos mil réis em cada um, livres de décima e de outros tributos e encargos que a quinta tivesse no presente ou que se lhe imponha no futuro, ficando tudo o resto por conta do rendeiro; os melhoramentos ficariam pertencendo ao prédio arrendado, mas em compensação, o rendeiro desfrutaria das mesmas benfeitorias não só ao longo dos nove anos de arrendamento, como também por outros nove anos, prorrogação esta que o senhorio desde já prometia conceder ao arrendatário ou a seus herdeiros; DeVisme manda edificar um palácio acastelado neogótico no local onde teria existido a antiga capela, com projecto atribuído a William Eldsen, cria espaços ajardinados decorados com estatuária e manda edificar uma capela também neogótica, num dos morros da propriedade como se de um eremitério se tratasse.
1791 – Data inscrita no sino voltado a Sul na Torre do Relógio na Vila.
1792 – Gildemeester requer e obtém da Rainha D. Maria I autorização para estabelecer um fideicomisso sobre Seteais, vínculo segundo o qual, a quinta ficaria em usufruto à viúva e em propriedade de seus dois filhos, Daniel e Henrique, sem que nenhum deles a pudesse vender ou empenhar.
1793, 14 Outubro – publicação de uma gravura de Monserrate, vista de Sudoeste, desenhada por Baker e gravada por Wells em Londres; nesta, a quinta surge murada, e a casa apalaçada concluída, no cimo do monte, acima dos limoeiros e dos castanheiros; a casa parecia ter planta rectangular com duas torres circulares nos topos laterais, cobertas por telhados cónicos, e corpo central rectangular sobrelevado com cobertura facetada; Em 2 Dezembro – publicação de uma outra gravura de Monserrate, igualmente desenhada por Baker e gravada por Wells.
1793, 14 Fevereiro – Daniel Gildemeester morre, sendo enterrado no Cemitério Inglês em Lisboa.
1794, Junho / Julho – Gerad DeVisme subarrendou a quinta de Monserrate, com todas as suas benfeitorias, a William Beckford; o prazo de arrendamento terminava a 30 de Junho de 1798, com a obrigação expressa dos senhorios prorrogá-lo por mais nove anos; William Beckford continuou os trabalhos no palácio e no jardim, onde manda construir uma cascata e um falso cromeleque.
1794, 4 Outubro – A quinta de Seteais é avaliada em 30:000$000.
1794 – A Rainha D. Carlota Joaquina adquire a Quinta do Ramalhão que transforma em residência real.
1795 – O poeta Inglês Robert Southey visita Sintra.
1797 – Ignorando-se o fideicomisso, o 5º Marquês de Marialva, D. Diogo José Vito de Menezes Noronha Coutinho, Governador da Torre de S. Vicente de Belém e Estribeiro-Mor da Rainha D. Maria I, compra a quinta à viúva de Gildemeester, D. Joanna de Goran, pela quantia de 14 800$00.
1798 – Monserrate – o caseiro presente à ratificação da posse era Filipe Duarte; DeVisme retira-se para Inglaterra, por motivos de saúde ou devido a divergências com o governo de D. Maria I.
1798, Outubro / 1799, Junho – renovação do arrendamento de Monserrate a Beckford, mas com a sua partida inicia-se o processo de abandono da casa e da quinta.
1799 / 1807 – A propriedade de Monserrate é arrendada aos herdeiros de Geralde De Visme.
1799 / 1855, entre – foi administrador do vínculo de Monserrate D. José Maria de Castro e Almeida Pimentel de Siqueira e Abreu, conde de Nova Goa.
1800, 6 Julho – o Marquês de Marialva solicita à câmara o aforamento do Campo de Seteais, onde logo começa a plantar árvores, provocando a revolta da população, desconfiada da sua intenção em fechar o campo, até então de uso público.
1800 – O 5º marquês de Marialva adquire a casa de Seteais e acrescenta-lhe novo corpo residencial.
1800 / 1801 – Southey permanece em Sintra, onde escreve parte da sua obra.
Séc. 18, final – a quinta (Regaleira) é designada Quinta do castro ou da Torre, devido à chamada Torre do Pombal adossada à actual casa da renascença. Esta torre foi segundo a tradição, aquela que deu o nome à quinta, pois dela se disfrutava uma vista “que era uma regaleira”.
1800 – Quinta da Regaleira- os herdeiros de D. Joana Teresa Xavier de Castro, viúva de Manuel de Castro Guimarães, cedem a propriedade a João António Lopes Fernandes.
Séc. 18, final / séc. 19, início – data provável da construção da casa Italiana por um arquitecto italiano desconhecido, que terá pertencido a Maria Amália de Carvalho e Daun, Condessa de Rio Maior, filha do 1º Marquês de Pombal e mãe do Duque de Saldanha.

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