Cronologia Sintrense antes de 1500

Cronologia Sintrense antes de 1500

 
6º – 5º Milénio a.C. – ocupação neolítica no sítio de São Pedro de Canaferrim, na vertente Sudeste do Castelo dos Mouros.               
4º -3º Milénio a.C. – ocupação do Neolítico Final / Calcolítico da vila de Sintra. Sítio Epipaleolítico / Calcolítico Médio / Calcolítico Final / Idade do Bronze (1450 a.C.) da Penha Verde.
4º a 3º Milénio a.C. – vestígios de um povoado calcolítico (troço de muralha na Penha Verde), vestígios megalíticos no sítio do Monge e no Adro Nunes.
2º – 1º Milénio a.C. – ocupação datável do período da Idade do Bronze Atlântico do Parque das Merendas.
Séculos 10 – 8 a.C. – ocupação da Idade do Bronze Final do Castelo dos Mouros. Depósitos da Idade do Bronze do Monte do Sereno.
Séc. 2 a.C.- 6 d.C. – ocupação romana e tardo-romana da vila de Sintra.
Século 4 a 5 d.C. – vestígios do período da ocupação romana (artefactos de bronze, cobre, fragmentos cerâmicos e moeda próximo da vila). Estes vestígios, se bem que inequívocos e facilmente datáveis, devido ao seu carácter disperso têm-se duvidado da existência de uma efectiva presença romana.
713 – Os islamitas muçulmanos, chefiados por Tarik bem Ziad, conquistam a região de Sintra.
Séc. 7 / 8 – Provável construção da capela de São Pedro.
844 – A região de Lisboa e Sintra é assaltada pelos normandos.
870 – Fernando Magno toma Sintra, mas depressa a perde.
Séc. 8 / 9 – Provável construção do castelo pelos mouros.
Séc. 10 – Primeira referência a um alcácer ou residência de alcaides mouros em Sintra feita pelo geógrafo árabe Al-Bacr.
949 – Ordonho III possui Sintra por algum tempo.
1031 – Após perda de Córdova, a lei moura de Badajoz optou por entregar a Afonso VI de Leão e Castela, alguns territórios peninsulares muçulmanos, entre eles Sintra; voltou-se a perder o Castelo.
1093 – Motawakkil, Rei de Badajoz, entrega Sintra a Afonso VI, Rei de Leão, em troca de protecção contra os almorávidas.                                              
Séc. 12 – Provável construção do castelo de Colares, tendo por objectivo a defesa da vila de Colares.
Séc. 12 – Provável fundação da igreja, no local de uma antiga mesquita, por iniciativa de D. Afonso Henriques, no seguimento da tomada do Castelo dos Mouros, São Pedro de Canaferrim terá sido a primeira igreja de Sintra, edificada que foi intramuros do castelo, sendo sede de freguesia na segunda metade do século.
1108 – O castelo de Sintra é saqueado pelo príncipe norueguês, Sigurd.
1109 – O conde D. Henrique conquista o castelo de Sintra.
1147 – Após a conquista de Lisboa e Sintra por D. Afonso Henriques, a população do castelo” entregou-se” voluntariamente aos cristãos; D. Afonso Henriques confiou então a guarda do castelo a “30 povoadores” e concedeu-lhes privilégios através de carta de Foral.
1147 – D. Afonso Henriques conquista Sintra e cria quatro paróquias, pertença do padroado real, sendo uma delas Santa Maria; construção da primeira igreja de dimensões reduzidas, no denominado Campo do Arrabalde.
1147 – Referência às capacidades da fonte de Santa Eufémia pelo cruzado Osberno.
Séc. 12, 2ª metade – a capela de São Pedro torna-se sede da freguesia.
1152 – D. Afonso Henriques doa as “prefactas domus” de Sintra a D. Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários
1154 – 09 Janeiro – D. Afonso Henriques concede foral a Sintra. O intuito principal deste foral foi dotar este espaço de guarnição militar o que, pela sua posição geográfica, se revelava importante para a defesa e manutenção da conquista do território.
1154 – Incrementado o povoamento do interior do castelo.
1156 / 1157 – D. Afonso Henriques doa à Ordem do Templo umas casas em Sintra e mais propriedades na região.
1186 – O Papa Urbano III confirma que os paços fazem parte dos bens da Ordem, posteriormente ocupados pela Rainha D. Isabel.
1189 – D. Sancho I confirma o foral de Sintra.
Séc. 12 – Fundação da primitiva ermida por D. Pêro Pais, Alferes-Mor de D. Afonso Henriques, filho de D. Paio Soares e D. Chama Gomes; D. Afonso Henriques doa a ermida da Peninha, terras em Colares e na Malveira, a D. Pêro Pais.
1191 – D. Sancho I doa a Pero Pais a ermida de São Saturnino e a Cella de Colares (Milides).
Séc. 12 / 13 – D. Sancho I reformou o castelo; obras na capela, sendo executados os capitéis.
Séc. 13 – Reedificação do santuário existente nas proximidades da fonte.
Séc. 13 – Existia um Hospital neste local em Sintra. Atualmente Hospital da Misericórdia
1241 – São Miguel estava anexada a Santa Maria e D. Sancho II cedeu os padroados das igrejas de São Martinho e São Pedro ao Bispo e ao cabido da Sé de Lisboa, suscitando grandes rivalidades entre os priores das quatro paróquias, por causa de direitos de autoridade.
1253 – Intervenção de uma comissão arbitral de dignitários eclesiásticos para pôr termo à contenda.
1253 – O “Treslado do Lemite, e demarcação das Igrejas da Villa de Cintra”, demarca no vasto território Sintrão os limites das quatro freguesias: São Pedro, São Martinho, Santa Maria e São Miguel.
1254 – Instituída a Colegiada de Santa Maria, pelo prior Lourenço Anes.
1255 – D. Afonso III concede carta de foro do reguengo de Colares a Pedro Miguel e à sua mulher.
1261-1325 – D. Dinis promove trabalhos de beneficiação e ampliação na alcáçova de Sintra (os “mea palacia Oliua”). Construção da capela gótica.
1281 – “Carta per que El Rey mandou aos seus mouros forros de Colares que lhy dessem o quarto”, bem como estabeleceu a obrigação de os mesmos zelarem, também, pela conservação dos palácios reais da Oliva,
1281 – D. Dinis ordena obras de reestruturação, ordenando aos mouros forros de Colares a renovação das almedinas velhas do Castelo e dos eirados das torres, das casas reais incluindo os “mea palatia de oliva” (o Chão de Oliva era o centro da vila de Sintra), localizando-se o quarto real a N., na zona mais elevada, junto da capela.
1283 – João Soares Alão é apresentado como prior da Igreja de São Miguel.
1283 – São ordenados e concedidos estatutos à Igreja de São Martinho de Sintra, atestando a fundação da mesma.
1287 – D. Diniz doa a vila de Sintra à Rainha D. Isabel de Aragão, ficando a pertencer desde essa data, à Casa da Rainha, com exceção de curtos períodos; o palácio da vila de Sintra transforma-se em residência de Verão e passa a destino privilegiado da corte portuguesa.
1247 – Reforma da Igreja Paroquial de Santa Maria de Sintra, por iniciativa do prior Martim Dade.
Séc. 13, último quartel – O prior Martim Dade manda demolir a igreja de Santa Maria primitiva e construir uma igreja maior.
Séc. 14 – Existia uma pequena capela românica dedicada a Nossa Senhora da Penha, onde os priores de Santa Maria de Sintra iam todos os sábados oficiar missa, por ordem de D. João I (Carta de 8 de Agosto de 1387).
Séc. 14 – Construção da abside gótica da Igreja Paroquial de São Miguel, que ainda hoje se observa.
Séc. 14 – Na sequência das epidemias de peste que atingiram todo o reino, regista-se grande actividade no Hospital da Misericórdia e também grande polémica quanto aos rendimentos do mesmo, provenientes dos impostos cobrados junto da população, por parte dos mesmos se destinar ao novo Concelho de Cascais, destacado, em 1364, do de Sintra.
1306 – Aprovação dos estatutos da Igreja de São Martinho.
1307 – Já se verificavam enterramentos na igreja de São Martinho, o que é atestado pela lápide sepulcral de Margarida Fernandes.
1334 – É abolida, por D. Afonso IV, a «anadaria dos almocreves», em Sintra.
1336 – O Paço é reavido pela Ordem de Cristo.
1336 – D. Afonso IV concede o padroado da igreja de São Miguel ao cabido da Sé de Lisboa.
1345 – Uma escritura feita em nome da Rainha D. Beatriz, esposa de D. Afonso IV, determina de novo a posse do Palácio por parte da Coroa incluindo-se nas propriedades da Casa das Rainhas, em troca de Ega e Torre da Murta.
1347 – Alguns frades do Convento da Trindade de Lisboa instalam-se na serra de Sintra, ocupando a Ermida de Santo Amaro e algumas grutas, existentes dentro da cerca do actual convento. Entre estes frades contavam-se Fr. Álvaro de Castro, filho do 1º Conde de Arraiolos, 1º Condestável do Reino, e irmão de Inês de Castro, Fr. João de Évora, confessor do Rei D. João I e futuro Bispo de Viseu e Frei João de Lisboa, confessor da Rainha D. Leonor.
1348 – Sintra é assolada pelo surto de peste negra que causa grande morticínio.
1350 – Um documento refere que alguns dos falecidos em consequência da epidemia de peste de 1348 legaram os seus bens à igreja de São Martinho, e outro documento menciona a impossibilidade do templo manter as candeias acesas devido ao aumento do preço do azeite.
1355 – Frei Vasco Martins funda uma ermida no lugar de “Pera Longa”,actualmente Penha Longa.
1369 – Primeira referência documental à fonte da Pipa já com a designação de Fonte da Bica, e em que se lê que João Anes morava junto a esta.
1370 – Documento do Tombo da Misericórdia, em que se refere que o provedor do hospital da vila de Sintra residia na proximidade da Fonte da Pipa.
1371 – Os responsáveis pelo Hospital de Sintra reúnem-se com os congéneres de Cascais, para pôr fim às polémicas e desavenças.
1373 – Bula de Gregório XI fundando a Ordem de São Jerónimo.
1374 – Fixa-se no Arrabalde uma comunidade anacoreta proveniente do Convento da Trindade de Lisboa.
1375 – D. Fernando I, por conselho de João Annes de Almada, Vedor da Fazenda, reedifica o Castelo.
1383 – Ainda estava bem fortificado o Castelo, sendo seu governador D. Henrique Manuel de Vilhena; progressivamente vai perdendo importância militar.
1385 – 4 Dez – D. João I doa o Palácio da Vila ao conde de Seia, Henrique Manuel de Vilhena, que, no contexto da revolução de 1383-1385, toma o partido de D. Leonor Teles, pelo que Sintra se entrega sem luta.
1386 – Confiscados os bens do conde, o palácio de Sintra regressa à posse da coroa. D. João I inicia uma importante série de obras no Palácio Real, que se notabilizam (sob a orientação de mestre João Garcia de Toledo) pela construção da hoje denominada “ala joanina”.Volta à posse da Coroa e vai ser instituído como Palácio Real.
1389 – Bonifácio IX emite uma Bula que cria a Ordem de São Jerónimo em Portugal, separada da Província espanhola.
1390 – O acréscimo da comunidade de ermitas levou à necessidade de compra da quinta da Penha Longa formada por terreno baldio com casas, azenhas, vinhas, pomares e matas, mas dada a pobreza dos mesmos recorreram à Coroa, tendo D. João I adquirido a propriedade por 3.500 libras (escritura de 5 de Agosto) e feito doação aos eremitas.
1400 – D. João I faz erigir o Convento da Santíssima Trindade, no Arrabalde de Sintra, sob protecção do seu confessor, frei Sebastião de Meneses.
1400 – Fundação do mosteiro Jerónimo do Convento da Penha Longa
1400, 1 Abril – Bula do Papa Bonifácio IX autorizando a fundação canónica e jurídica do mosteiro jerónimo da Penha Longa, que se tornou a primeira casa e Sede desta Ordem em Portugal, nomeando seu Prior Frei Fernando João.
Séc. 14 / 15 – A instalação na zona da vila velha de Sintra, levou ao lento abandono do castelo
Séc. 14, final / séc. 15, início – importante campanha de obras no Paço Real responsável pela denominada “ala joanina” com 3 núcleos: o 1º organizado em redor de um pátio, constituído pela Sala Grande ou dos Infantes (futura Sala dos Cisnes), seguindo-se a Sala das Pegas, salas intermédias (de D. Sebastião, da Sereia, de César), Sala dos Árabes, Quarto de Hóspedes, cozinha e capela; o 2º núcleo da Casa da Meca (Câmara de D. Afonso V) e o 3º voltado para o Terreiro da Meca, com entradas altas vazadas na muralha; este conjunto vai ser descrito por D. Duarte; a Sudeste localizavam-se os serviços e as estrebarias; as obras são atribuíveis a João Garcia Toledo.
Séc. 15 -Sintra é eleita como local de veraneio pela nobreza e altos dignitários do reino.
Séc. 15 – Época provável para construção da capela, que fazia parte da gafaria de Sintra.
Séc. 15 – Refundação e construção do convento por D. Isabel, Duquesa de Borgonha; D. João I disponibiliza várias verbas para a construção do mosteiro da Penha Longa.
Séc. 15 – A igreja de Santa Maria pertencia à Casa das Rainhas (desde D. Isabel, mulher de D. Afonso V), sendo doada pelo Rei à Ordem de Cristo com instituição de comenda e os párocos passaram a vigários, sendo o 1º Frei Pedro (até 1506).
Séc. 15, meados – a igreja de São Pedro de Penaferrim ainda permanecia aberta ao culto, sendo datáveis desta época os frescos que ornamentavam a capela-mor e uma imagem do orago em pedra de Ançã (que actualmente se guarda na igreja de São Pedro de Penaferrim).
1409, 1 Setembro – acordo entre os senados de Sintra e de Cascais para administração conjunta dos bens do hospital dos Lázaros e gafos de São Pedro de Penaferrim, em Sintra.
1410 – Carta régia de D. João I concedendo privilégios para a fundação de um convento de religiosos da ordem da Santíssima Trindade em Sintra.
1410 Ou 1416 – Fundação do convento da Penha Longa por acção do Rei D. João I ou de Fr. Sebastião de Meneses, no local onde já existia uma ermida com a invocação de Santo Amaro.
1413 – D. João I recebe na Sala dos Infantes do seu Paço de Sintra, os “espiões” que enviara a Ceuta observar as condições defensivas daquela cidade norte-africana.
1415 – D. João I reúne-se aqui com os Embaixadores que enviou à Sicília, com a missão de investigarem sobre as possíveis condições da conquista da cidade e Ceuta.
1426 – D. João redige o seu testamento em Sintra.
1423 – Carta de D. João I isentando o mosteiro da Penha Longa do pagamento de sisa e dízimo, confirmada por D. Afonso V em 1439 que lhes doou herdades no valor de 500 coroas.
1427 – O padroado da Igreja de Santa Maria passou para as mãos de Gil Lourenço, mestre da capela de D. Duarte.
1429 – Casamento de Isabel de Portugal, filha de D. João, com Filipe o Bom de Bolonha, ocorrido em Sintra; Van Eyck pinta o retrato da princesa e a comitiva bolonhesa ofereceu, entre muitos outros presentes, dois cisnes brancos que inspiraram a pintura do tecto da Sala dos Cisnes.
Séc. 15, 3ª década – D. Duarte frequenta assiduamente o Paço de Sintra, sobretudo no Verão, sendo autor de uma descrição do mesmo.
1431, 25 Janeiro – autorização para os frades da Penha Longa poderem adquirir bens de raiz até ao valor de 500 coroa de ouro.
1432, 15 de Janeiro – D. Afonso V nasce no Paço Real de Sintra.
1436, 14 de Novembro – o Mestre Henriques, físico do Rei D. Duarte obtém licença para fundar um convento carmelita (Convento do Carmo), no sítio do Casal da Torre, também chamado de Casal de Miguel Joannes. Naquele local já havia sido construída uma pequena capela conhecida como Oratório. O Mestre deixa em testamento que o novo convento só seria construído após a sua morte.
1439 – No Paço é mestre da obra dos canos Diogo Gil, o qual fez a obra de encanamento do chafariz do claustro das mulheres e respectivo chafariz.
1440 – Obras na capela-mor e outras da Igreja de Santa Maria, por iniciativa de Luís Pires, capelão de D. Afonso V, obras que foram concluídas por Lopo da Silva.
1449 – Morre o Mestre Henriques, sendo a propriedade (Casal da Torre-Convento do Carmo) tomada por Gonçalo Pires Boto, procurador do provincial.
1449, 15 Junho – nomeação de Luís de Alverca como pedreiro das obras do Paço.
1452 – Compromisso dos religiosos em celebrar missas por alma dos Reis de Portugal.
1448 – O Papa Nicolau V elevou o então Prior de Penha Longa e confessor de D. Isabel de Borgonha, Frei João de Santa Maria, a Geral dos mosteiros da Ordem de São Jerónimo em Portugal, passando este mosteiro para cabeça da Ordem.
1450 – A propriedade (Casal da Torre) entra na posse do Convento do Carmo, em Lisboa, tendo Frei Constantino Pereira, sobrinho de D. Nuno Álvares Pereira, sido escolhido para fundar o novo convento.
1457, 16 Julho – os trabalhos de construção do convento do Carmo são interrompidos e o novo convento é transferido para o local onde hoje se encontra, conhecido na altura como “Boca da Mata”, após a doação dos terrenos por Sebastião Vaz e sua mulher Inês Esteves. Para a construção do novo convento Frei João de Santa Ana desbastam o mato, plantam árvores de fruto e constituem a cerca e um pequeno oratório de invocação de Santa Ana.
1459 – Carta régia que refere obras no Paço para melhor comodidade da Corte e do próprio Rei que aí vem pousar.
1456 – Papa Calisto III confirma a ordem do antecessor.
1463 – Falecimento de Fr. Constantino Pereira.
1465, 14 de Fevereiro – morre Frei Constantino Pereira; o convento do Carmo é entregue a Álvares Fernandes de Abreu, escudeiro do Arcebispo de Lisboa.
1468 – Data gravada no sino na Igreja de Santa Maria.
1469 – Nomeação de Álvaro Gil como carpinteiro do Paço, cargo confirmado em 1483 por D. João II.
1469 – D. Afonso V deu ao reitor do Convento de Xabregas, o direito de apresentar o cura da igreja de São Miguel.
1470, 17 Dezembro – D. Afonso V deu de aforamento ao almoxarife de Sintra, Diogo Gomes, terras onde estradas para Lisboa e Cascais bifurcavam, umas terras que vieram constituir a génese da actual Quinta do Ramalhão.
1470 – Pintura de um retábulo do Espírito Santo para a capela do Palácio da Vila por Nuno Gonçalves.
1479 – Carta de privilégio de D. Afonso V á vila de Sintra para que” …possão cortar lenha nas matas coutadas não cortando árvores de fruto.”
1481,28 de Agosto – D. Afonso V morre no Palácio Real no mesmo quarto onde tinha nascido. Foi muito afeiçoado às letras e belas artes cultivando com especialidade a matemática e a música. É o primeiro Rei que reuni-o no seu Palácio uma Livraria.
1481 – D. João II é aclamado Rei de Portugal, em Sintra no pátio do Jogo da Pela.
1486, 03 Maio – é nomeado carpinteiro do Paço João Cordeiro.
1487 – Frei João Dias, provincial da ordem doa o Casal da torre, pertença do convento do Carmo, de modo a obter rendas para o novo convento.
1487 – El Rei D. Duarte concedeu aos moradores de Colares poderem matar porcos e veados por haver excesso de caça grossa nesta vila e seu termo.
1489 – Campanha de obras no Paço Real onde são colocados os primeiros azulejos mudéjares, provenientes da Andaluzia.
1489 – O direito de apresentação da cura da igreja de São Miguel concedido por Afonso V, foi revogado por D. João II e passou a ser da Casa das Rainhas.
1490, 12 Julho – No Palácio da Vila o pedreiro João Rodrigues é nomeado mestre-de-obras dos paços, substituindo o pai Martim Rodrigues, cargo posteriormente confirmado por D. Manuel.
1493 – A capela do Castelo estava já abandonada, com as portas arrombadas e a ser constantemente profanada pelos judeus, ao que parece, os únicos habitantes no sítio do castelo.
1493 – D. João II aí foi à pequena capela românica dedicada a Nossa Senhora da Penha com D. Leonor em peregrinação pagar um voto, permanecendo 11 dias no local.
1495 – 7 Outubro – Alvará de el Rei D. João II em que concede aos moradores da Vila de Sintra ”… por estes lhe representarem os damnos que os coelhos fazião em seus pães e fructos, poderem armar em sítios demarcados aos ditos coelhos e isto com todas as armadilhas que quiserem tirando cepos e cenadoyros e redes de ser…”
1497, 29 Julho – confirmação da nomeação de João Cordeiro, carpinteiro, como mestre-de-obras do Paço.
1497 – A infanta D. Brites, mãe do Rei D. Manuel e Senhora da vila de Colares, concede ao convento do Carmo a mercê de não pagarem as “novidades” da primeira sesmaria.
1497 -3 Fevereiro – Confirmação de el Rei D. Manuel a um alvará de el Rei D. João II feito em Santarém em 27 de maio de 1484, concedendo licença aos moradores da Vila de Sintra, como era costume fazerem a festa do Espirito Santo na sala chamada dos Infantes e cortarem nas matas toda a lenha que lhes for necessária para a dita festa.
1497 – Confirmação de um alvará de 1437 concedendo licença para caçar veados e porcos monteses nos pomares, olivais, soutos e hortas.
1498 – A infanta D. Brites doa aos carmelitas as terras que haviam sido pedidas por Frei João Namorado, vigário do convento do Carmo.
1498 – A campanha de obras manuelinas no Palácio da Vila têm por objetivo aligeirar a massa do edifício, com abertura e reformulação de alguns vãos, e enriquecer a decoração interior com aplicação de azulejos hispano-árabes que revestem chão e paredes de várias salas; articulação dos vários corpos por meio de pátios interiores vazados e providos de tanques e fontes; ordena-se a Diogo Fernandes, bate-folha de Lisboa, que prepare todo o ouro necessário para as obras dos paços.
1499 – D. Manuel recebe a notícia da chegada à Índia, em Sintra
1500 – Reconstrução do convento da Trindade que estava arruinado, sob o patrocínio do Rei D. Manuel

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